
Os estilistas hoje têm uma imagem e um nome tão forte quanto à marca que representam. Eles acompanham todo o processo de criação, desde o conceito até o direcionamento da marca no mercado, não se limitam ao vestuário, escrevem seu nome, ou da marca que representam, em moveis, hotéis, carros e etc. São como Tom Ford declarou na Vogue Americana "uma fusão de um artista com um homem de negócios". Um episódio ilustra bem o poder desses homens dentro do mercado que representam, bastou Marc Jacobs declarar que o estilista americano Tom Ford era mais prestigiado pela Gucci do que ele pelos executivos do grupo Louis Vuitton Moët Hennessey, o LVMH, para os acionistas entrarem em pânico. Acendeu-se o sinal amarelo: Marc Jacobs, o designer da Vuitton, estaria descontente? O clima de tensão invadiu o mercado de luxo. Pode parecer exagero, mas Jacobs, um americano de 41 anos, foi crucial para a LV.
No ano de 1997 Jacobs foi convidado pelo francês Bernard Arnault, que havia comprado a companhia LOUIS VUITTON, para renovar a LV e criar sua primeira coleção de roupas. Reconhecido nos Estados Unidos por sua modernidade, ele desembarcou em Paris como um quase desconhecido, mas mostrou a que veio logo na primeira temporada. Transformou as bolsas LV em coqueluche. Disposto a inovar, a célebre combinação do logotipo marrom e amarelo sobre o fundo de couro marrom, dando um ar contemporâneo com símbolos da cultura pop e cores novas, o americano vem convidando artistas para experiências mais ousadas. Em 2001, Stephen Sprouse emplacou as bolsas grafitadas. Depois vieram o trabalho em patchwork da artista inglesa Julie Verhoeven, as cores fluorescentes do diretor teatral Bob Wilson e os mangás do desenhista Takashi Murakami.
Transformou o negócio num ícone da moda, que hoje produz roupas, sapatos, jóias e relógios. Fez o faturamento triplicar. Em 2003, chegou aos US$ 4 bilhões. É, enfim, um mago das tendências e dos lucros. Bernard Arnault, o presidente do grupo LVMH, não hesitou, e renovou o contrato de Jacobs por 10 anos. Os valores do negócio são guardados sob sete chaves.
Fontes: Revista Veja, Blog Erika Palomino e o Blog o Valor das Marcas
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