sábado, 22 de março de 2008

Glamour and News - AMC Têxtil traça planos para expansão da Forum

Após anunciar a compra do grupo TF - dono das grifes Forum, Triton, Tufi Duek e Forum Tufi Duek -, o grupo catarinense AMC Têxtil se concentra agora nos projetos de expansão das marcas. A princípio, o AMC vai seguir o planejamento feito pelo estilista Tufi Duek para as marcas: abrir 10 lojas até o fim do ano. Quatro delas já começaram a operar - em São Paulo, Campinas, Fortaleza e Goiânia.Além disso, a AMC Têxtil vai estudar a distribuição das criações de Duek nas mais de mil lojas multimarcas ao redor do mundo onde distribui seus produtos. Diferentemente das lojas da Colcci e demais marcas do AMC, que crescem por meio de franquias, as lojas do grupo TF são quase todas próprias. Das 82 duas lojas do grupo, apenas 32 são franquias.Tufi Duek continuará à frente da criação das grifes. Seu contrato com o AMC dura três anos, podendo ser renovado seguidamente. Duek e Menegotti não confirmam o valor da transação, mas, segundo fontes, o valor é de cerca de R$ 250 milhões. O grupo TF faturou no ano passado R$ 225 milhões. Já o AMC Têxtil, que controla a Colcci, Sommer, Carmelitas, malharia Menegotti e licencia Coca-Cola Clothing, faturou cerca de R$ 500 milhões. Juntos são agora o maior grupo de moda do país.

Fonte: Jornal O Estado de S. Paulo.

Glamour and News - O sucesso internacional da moda kiwi

Vistos no exterior como mochileiros a caminho de um funeral ou soldados em dia de folga, como descreveu um embaixador francês ironizando a falta de elegância do povo, os kiwis (apelido de quem nasce na Nova Zelândia) agora ostentam 50 grifes de moda para exportação. Dez anos atrás, eram apenas cinco. Hoje, os trajes urbanos de Trelise Cooper são vendidos na Saks da Quinta Avenida, em Nova York. Os modelos da estilista Karen Walker desfilaram na última semana de moda nova-iorquina. A aposta é na nobre lã de ovelhas merino e em ousadas combinações de cores e formas. Resultado: no ano passado, a Nova Zelândia exportou 216 milhões de dólares em moda para Austrália, Estados Unidos, Inglaterra e Japão.

Fonte: Revista Exame

quinta-feira, 20 de março de 2008

Glamour and News - Le Lis Blanc recebe capital da Artesia

Empresa investe na internacionalização da grife, que enfrenta acentuada concorrência interna. A Artesia Gestão de Recursos - do administrador de empresas Márcio Camargo e do economista Marcelo Faria de Lima (os dois com passagem pelo Banco Garantia), que tem em seu portfólio de investimentos empresas do porte da Abyara Planejamento Imobiliário, Metalfrio e Neovia - injetou recursos na marca, segundo fontes próximas à negociação.

O objetivo é ganhar fôlego financeiro para iniciar o processo de internacionalização da rede, que não teria mais espaço para crescer dentro do País. A Le Lis Blanc encontra-se em plena expansão: inaugurou em julho uma “maison” em Recife - através de licenciamento - e inaugura em setembro uma loja de 650 m² na rua Oscar Freire, no luxuoso bairro paulistano dos Jardins. Ela vai substituir a loja anterior na região, que era mais acanhada, a loja Le Lis Blanc Casa e a loja de atacado, que atende franqueados e lojas multimarcas.

A marca enfrentava o avanço da concorrência não só de outras grifes, como também se ressentia da entrada no mercado brasileiro de um dos maiores fenômenos atuais da moda, a cadeia de lojas espanhola Zara.


Fonte: Gazeta Mercantil

Glamour and Business - Mudanças na Moda Brasileira


Especial: Tudo que você queria saber sobre a venda das grifes brasileiras.


Atualmente existe uma onda de aquisições de grifes brasileiras por holdings e fundos de investimento. Em menos de um mês, marcas como Alexandre Herchcovitch, Isabela Capeto, Fause Haten e Ellus foram compradas. Foi o auge de um movimento que começou em julho de 2006, quando a firma de investimento HLDC comprou a Zoomp. Desde então, 13 negócios foram fechados, e o dinheiro movimentado superou os 300 milhões de reais. Marcas como Siberian e Crawford, do empresário Dácio Oliveira, vêm sendo constantemente assediadas.

Os dois compradores com mais apetite têm sido o grupo HLDC e o fundo de private equity Pactual Capital Partners, que administra o dinheiro dos ex-sócios do banco de investimento carioca Pactual, vendido ao suíço UBS em 2006. A lógica de ambos é a mesma, enquanto os executivos dos fundos tocam o negócio, os estilistas das marcas compradas cuidam exclusivamente das coleções. Os dois pretendem criar holdings que administrem diversas marcas em diferentes nichos de mercado. Curiosamente, cada um adquiriu uma empresa com maior penetração em shoppings e outra vista com potencial para se destacar no mercado internacional. No caso do HLDC, as marcas são Zoomp e Alexandre Herchcovitch. No caso do Pactual, Ellus e Isabela Capeto. Segundo a estratégia desenhada pelos dois grupos, diversas grifes reunidas sob o mesmo guarda-chuva trariam ganhos de escala, com a unificação das fábricas e da administração, e com o aumento do poder de compra ante fornecedores de matéria-prima. Ainda de acordo com os planos, essas holdings ganhariam musculatura para, no futuro, tornarem-se companhias listadas na bolsa de valores. O objetivo do Pactual Capital Partners é que a recém-criada InBrands atinja um faturamento de 1 bilhão de reais em até três anos.

Exceção feita às modelos nacionais, a moda brasileira tem sido uma decepção do ponto de vista dos negócios. A falta de capacidade gerencial, a enorme informalidade do setor e a concorrência com produtos falsificados são as principais explicações para os seguidos casos de fracasso. A própria Zoomp, comprada recentemente, esteve à beira da falência e custou muito pouco à HLDC, que herdou a enorme dívida da companhia.

O investimento em setores problemáticos tem sido uma tendência para os fundos de private equity que operam no Brasil. A estratégia é, quase sempre, a mesma. O fundo compra uma empresa de um setor extremamente pulverizado e turbina seu crescimento por meio de aquisições de companhias enfraquecidas. O raciocínio dos investidores que entram no mundo da moda é parecido: a criação de uma companhia com escala, o apoio financeiro de um fundo e a gestão profissional impulsionariam o crescimento das marcas compradas.

A onda de aquisições levou a comparações eufóricas entre as novas holdings da moda brasileira e os grandes conglomerados europeus de marcas de luxo. De acordo com os mais otimistas, a existência de gigantes como LVMH, que controla marcas como Donna Karan e Louis Vuitton e tem faturamento de 15 bilhões de euros, seria uma evidência de que a criação de holdings multimarcas brasileiras tende a ser bem-sucedida. São comparações precipitadas, dada a enorme diferença entre a força das marcas estrangeiras e as nacionais.

Além de administrar o ego dos criadores, os investidores terão um enorme desafio em seu objetivo de acelerar as taxas de crescimento das marcas compradas. No mercado interno, a competição com produtos piratas e redes informais é um entrave conhecido. No mercado externo, os desafios são ainda maiores, dado o virtual anonimato das marcas nacionais. Ainda neste ano, Alexandre Herchcovitch vai inaugurar uma loja em Nova York. Nos próximos cinco anos, pretende abrir lojas também em Berlim, Paris e Londres. "Sozinho, não poderia nem sonhar com isso", diz ele. Com o apoio financeiro do Fundo Tarpon, a marca de calçados Arezzo pretende abrir entre cinco e dez lojas na China. Os especialistas prevêem uma grande dificuldade para as grifes brasileiras na disputa pelo consumidor das principais capitais do estilo. "A moda brasileira brilha, mas não vende", diz a consultora Gloria Kalil. "Não vende aqui dentro porque o mercado é restrito e não vende no exterior porque não é conhecida." Enquanto marcas internacionais, como Gucci, têm mais de 2 000 pontos-de-venda e faturam alguns bilhões de dólares anualmente, as maiores grifes brasileiras têm, no máximo, 40 lojas próprias e não faturam mais que 200 milhões de reais.

Do ponto de vista de um fundo de private equity, investimentos em moda trazem dois tipos de dificuldade. A primeira é a administração de um negócio instável por natureza: coleções impopulares podem gerar estoques enormes, que precisam ser queimados com prejuízo. O outro problema é a ausência de um leque de alternativas na hora de recuperar o dinheiro aplicado -- a saída do investimento. A abertura de capital é considerada um passo vital no modelo de negócios dos investidores.

Dependendo do humor do mercado e do desempenho da empresa, porém, a janela da bolsa pode nunca se abrir, o que torna o investimento de alto risco para os fundos de investimento. "Eu jamais aprovaria internamente uma transação nessas condições", diz o diretor de um dos maiores fundos de private equity em operação no Brasil. Mesmo que a abertura de capital se prove viável, não será fácil obter retorno para os investimentos: segundo a revista EXAME apurou, os preços cobrados pelas marcas brasileiras giram em torno de nove vezes a geração de caixa, patamar considerado alto.

Os primeiros meses dessa "nova era" da moda brasileira foram pouco alvissareiros. Ao comprar a Zoomp, em 2006, o grupo HLDC encontrou uma empresa com enormes dificuldades financeiras, entre elas uma dívida de aproximadamente 30 milhões de reais. Os planos para a grife, no entanto, eram ambiciosos. Entre eles estavam a abertura de lojas exclusivas em Bahrein e no Kuwait. Até agora, nada disso se concretizou e os investidores não conseguiram, um ano e meio depois da aquisição, sanear os problemas da marca. A Zoomp continua devendo para fornecedores -- só com a Verup, empresa de software especializada na área de moda, a dívida é de 2,3 milhões de reais, que estão sendo cobrados na Justiça. "A sinergia entre várias marcas não garantirá empresas mais fortes e bem-sucedidas", diz Glauco Abdala, sócio da consultoria Galeazzi. No Brasil, ganhar dinheiro com moda sempre foi difícil. A aposta dos profissionais especializados em investimentos é que sua chegada ao setor faça, afinal, com que o glamour não fique restrito apenas às passarelas.

As aquisições mais recentes

As principais marcas brasileiras vendidas a fundos de investimento

Isabela Capeto
Investidor: Pactual Capital Partners
Motivo: Suas peças fizeram sucesso no exterior antes mesmo de ganhar o Brasil. O objetivo é torná-la ainda mais conhecida fora do país

Zoomp
Investidor: HLDC Investimentos
Movito: Passava por dificuldades financeiras, o que tornou a aquisição barata. Ao lado de Forum e Ellus, é uma das marcas brasileiras com maior penetração em shoppings

Alexandre Herchcovitch
Investidor: HLDC Investimentos
Motivo: Por ser um dos poucos brasileiros a desfilar em Nova York, é visto pelos investidores como o de maior potencial de internacionalização

Ellus
Investidor: Pactual Capital Partners
Motivo: É a marca com maior presença em shoppings no Brasil — a eventual elevação de renda no país traria conseqüênciasdiretas para o negócio

Fausen Haten
Investidor: HLDC Investimentos
Motivo: Nome internacional

Forum
Investidor: AMC Têxtil
Motivo: Se tornar a gigante no setor e se lançar no mercado internacional

Fotes: Revista Veja e Revista Exame

Glamour and Philosofy: Georg Simmel

Por: Jero Moraes

Da moda diz Georg Simmel: "Ela é a imitação de um modelo dado e satisfz assim a necessidade de apoio social, conduz o individuo ao trilho que todos percorrem, fornece um universal, que faz do comportamento de cada indivíduo um simples exemplo. E satisaz igualmente a necessidade de distinção, a tendência para a diferenciação, para mudar e se separar. E este ultimo aspecto consegue-o, por um lado, pela mudanças dos conteúdos, que marca individualmente a moda de hoje em face da de ontem e da de amanhã, consegue-o ainda de modo mais energético, já que as modas são sempre modas de classes, porque as modas da classe superior se distinguem das da inferior e são abandonadas no instante em que esta ultima delas se começa a apropriar. Por isso, a moda nada mas é do que uma forma particular entre muitas formas de vida, graças a qual a tendência para a igualização social se une à tendência para a diferença e a diversidade individuais num agir unitário."

Este texto de Simmel é bem interessante, nele percebemos o porque do lançamento incessante de novas coleções e tendências. Para exemplificar as idéias do autor vou utilizar de uma emtrevista que um dos editores da Vogue Brasil concedeu ao jornalista e colunista Amaury Jr no seu programa de tv. Nessa entrevista o editor relata que a Revista Vogue começou a trabalhar com cintura-alta nos seus ensaios no meio de 2006, porém ela só começou a ser usada como peça principal das coleções, aqui no Brasil, no verão de 2007/08 e agora caminha, de forma ainda tímida, para as lojas de departamentos das classes C e D. Com isso a revista está utilizando novos padrões e modelagens nos seus ensaios, sempre em busca do novo, afinal é isso que a elite, a revista é consumida na sua maioria por leitoras da classe A e B, quer. Notamos que como Georg Simmel descreveu no seu livro existe uma necessidade da elite em se diferencia através do novo das classes menos afortunadas.

Glamour and Designer - Alexandre Herchcovitch

Por: Jero Moraes

Em 1993, aos 22 anos, Herchcovitch concluiu o curso de moda da Faculdade Santa Marcelina. Cujo desfile de formatura mostrou modelos carregando bonecos que pingavam sangue (tinta vermelha, na verdade) na passarela? Até então, sua clientela eram drag queens, hostesses e outras figuras do underground paulistano. Chocada com imagens da apresentação, a papisa fashion Costanza Pascolato quis conhecê-lo. "Senti a mesma surpresa que tive ao ver os primeiros trabalhos de John Galliano", lembra ela, referindo-se ao atual estilista da grife francesa Christian Dior.

Inteligente, Herchcovitch capitalizou a imagem dark, mas só até perceber que ela poderia assustar bons negócios. Das cinzas do Herchcovitch alternativo, moldou-se o empresário que hoje, ocupa o topo da pirâmide, digamos, fashion. Mais do que ser um queridinho da imprensa especializada, está entre os poucos estilistas que faturam alto – em geral, na indústria da moda, as contas no vermelho são proporcionais às caras e bocas com que se posa para fotos.

Do primeiro vestidão às estampas de caveira, famosas no underground paulistano dos anos 90, passando por roupas para prostitutas e travestis, modelos clássicos de executivas desenvolvidos para a Cori, e camisetas com motivos de Walt Disney de 2003, Herchcovitch foi surpreendendo e revelando sua versatilidade como estilista, dotada de sensibilidade e capaz de vestir diversos tipos de pessoa.

O estilista (que também já trabalhou na Ellus) assumiu em 2006 a direção da Faculdade de Moda da FMU, em São Paulo.

No começo deste ano Alexabdre vendeu as suas duas marcas, Herchcovitch; Alexandre e Herchcovitch Jeans, à holding IM (Identidade Moda), da qual participa o grupo financeiro HLDC Investimentos, o mesmo que comprou em julho de 2007 a Zoomp e a Zapping. Ele será o diretor criativo da Zoomp e das duas grife que vendeu e o curador criativo de todas as grifes que formarão o portfólio da nova holding. "Vendi minhas marcas porque o grupo vai fazer uma injeção de capital que eu levaria anos para realizar. Com isso, as marcas vão tomar um novo rumo, e tudo que eu sonhei poderá se realizar a partir de agora", diz Herchcovitch.

Fontes: Revista Veja SP, site Wikipédia e Revista Isto É Dinheiro

Glamour and Logo - Zoomp

Por: Jero Moraes
Renato Kherlakian o criador da grife Zoomp, começou sua história no mundo da moda no início dos anos 70. O primeiro passo foi apenas revender roupas, mas logo começou a criar e produzir modelos próprios, encontrados nas mais importantes lojas paulistanas. A marca Zoomp foi criada somente em 1974, com o objetivo de transformar o jeans em artigo de moda para jovens descolados. Sua primeira coleção, chamada Sexy Jeans nacional, foi lançada em 1979. A marca inaugurou um novo conceito de grife no Brasil e fazia do raio amarelo, sua marca registrada, um dos símbolos de status mais cobiçados do país.

A marca abriu sua primeira loja no recém-inaugurado Shopping Eldorado em 1981, e nos anos seguintes dominou o mercado, transformando o raio amarelo em um dos maiores objetos de desejo da juventude. A partir de 1984 iniciou grande plano de expansão e concessão de franquias em todo o país.

Nos anos 90, a marca viveu momentos delicados diante da abertura do mercado aos produtos importados, sendo obrigada a rever seus custos, a enxugar seus quadros e o número de lojas. A marca então, tentando surpreender sua clientela, começou a inovar em cada coleção lançada; rejuvenesceu o ambiente das lojas; lançou uma segunda marca, a Zapping, inspirada no streetwear, e transformou a grife em um objeto de desejo cada vez mais cobiçado. Mesmo disputando o mercado com concorrentes tradicionais, a Zoomp mantém o posto da mais tradicional marca de jeans-fashion do país. Atualmente a empresa pertence a holding IM.
Fonte: Blog o Valor da Marca

Glamour and News - Zoomp compra quatro grifes este ano


Zoomp, que desde 2006 é controlada pelo grupo HLDC, anunciou este ano a criação de um grupo de gestão de marcas de moda chamado Identidade Moda (IM), além da compra de quatro grifes: Clube Chocolate, Fause Haten, Cúmplice e Herchcovitch;Alexandre. Além da Zoomp e das quatro novas marcas, o grupo já contava com a marca Zapping, de estilo street wear. As marcas continuarão independentes, cada uma com seu diretor de criação, mas podem crescer muito economicamente, pela injeção de capital e por mudanças na área de gestão.

Após passarem mais de um ano sanando os problemas financeiros da Zoomp - entre eles, uma dívida de cerca de R$ 30 milhões - a dupla Enzo Monzani e Conrado Will, donos do HLDC, iniciaram a diversificação de seu grupo de gestão de marcas. A idéia do IM é controlar marcas que formem um guarda-roupa completo. Além das grifes, o grupo HLDC tem outro negócio no Brasil: são os controladores da BenQ Mobile, de telefones celulares.

Fontes de mercado comentam que o grupo estaria negociando com o grupo Valdac a aquisição das marcas Crawford, Siberian e Farm (marca carioca).

Fonte: O Estado de São Paulo

Glamour and News - Renner compra a carioca Leader

A Lojas Renner, uma das três maiores redes de lojas de departamento de vestuário no Brasil, com faturamento de 1,7 bilhão de reais e 95 pontos de venda no país, fechou acordo para comprar as 38 lojas da carioca Leader, numa operação que deve ser concluída nos próximos 120 dias. A intenção da Renner, conforme seu presidente José Galló afirmou à EXAME, é manter a marca e a partir das 38 lojas iniciar uma nova cadeia voltada para o público C e D. A Lojas Renner é mais focada nos públicos A, B e C. "Vamos atuar numa nova faixa de mercado com uma nova rede", diz Galló.

O entendimento entre as empresas já foi confirmado em fato relevante emitido pela Renner, mas a confirmação do acordo depende de auditoria sobre as condições financeiras da Leader e da aprovação por parte dos conselheiros da compradora. Somente após essas etapas as companhias definirão o valor do contrato.

Na Bolsa de Valores de São Paulo, porém, o anúncio já repercutiu positivamente para a Renner, única das duas empresas a manter capital aberto. As ações ON (ordinárias, com direito a voto) da companhia subiam 5,18% após o anuncio do negócio.

Fonte: Revista Exame

Glamour and News - Dona da Colcci compra Forum e Triton e vira líder em moda do Brasil

O grupo AMC Têxtil (que detém as marcas Colcci, Sommer e Carmelitas, além do licenciamento da linha Coca-Cola Clothing e da Malhas Menegotti) anunciou hoje a compra de 100% do grupo de empresas do estilista Tufi Duek, que inclui as marcas Tufi Duek, Forum Tufi Duek, Forum e Triton.

O valor da comercialização não foi divulgado, mas o mercado estima que a venda tenha custado 250 milhões de reais ao grupo AMC. Os ativos de Tufi Duek, como imóveis, não entraram no negócio e continuam nas mãos do estilista, que irá alugá-los ao grupo AMC. Com a entrada destas novas marcas, o AMC, que faturou mais de 500 milhões de reais no ano de 2007, torna-se o maior e mais importante conglomerado de moda do Brasil, segundo Alexandre Menegotti, sócio do grupo.

Tufi Duek continuará à frente da direção criativa das quatro marcas. Ele planeja a abertura de dez lojas em 2008 – das quais quatro já foram inauguradas – e a expansão das marcas no mercado internacional.

Fonte: Revista Exame

Glamour and News - Giuliano Donini finalmente assumirá o lugar de seu pai na presidência da Marisol

No próximo dia 19 de março, uma reunião de conselho deve redefinir o futuro da catarinense Marisol, uma das maiores fabricantes de roupas do país, com vendas de 420 milhões de reais no ano passado. Da pauta do encontro faz parte um assunto que há mais de um ano é aguardado na empresa: a troca no comando. Giuliano Donini o filho caçula do fundador da empresa é aposta da Exame para a sucessão. Como diretor de marketing e desenvolvimento de produto da Marisol, Giuliano teve a iniciativa indicar a compra de marcas conhecidas, que afastaram a companhia da dependência de produtos baratos e da concorrência chinesa. O ápice dessa estratégia foi a aquisição de uma participação de 75% na marca de moda praia Rosa Chá, em 2006.

A meta para o novo presidente era transformar a Marisol na maior gestora de marcas de moda do país e dobrar o faturamento até 2010, para 1 bilhão de reais. Um plano de reestruturação foi colocado em andamento o que adiou o processo de sucessão. A Marisol não estava pronta para iniciar o ciclo de expansão para o qual Giuliano foi preparado, e seria muito complicado colocar nos ombros dele o peso de medidas drásticas, como fechamento de fábricas e demissões.

Caberá a Giuliano voltar a trilhar o caminho do crescimento. Seu principal desafio é retomar a estratégia de aquisições depois de ter ficado de fora da maior onda de fusões da história do setor no país. Ele terá de ser hábil para encontrar e aproveitar as oportunidades que ainda restaram no mercado

Fonte: Revista Exame

Glamour and Business - Grupo LVMH

Especial: Tudo sobre o maior conglomerado de luxo.

A reunião de marcas-fetiche num mesmo conglomerado é uma fórmula relativamente recente no mundo da moda e do luxo. Os três maiores grupos, LVMH, Pinault-Printemps Redoute (PPR) e Richemont, foram montados há menos de vinte anos. Bernard Arnault, dono e mentor do LVMH, foi o precursor da idéia de fazer do luxo um pólo de atração para o dinheiro caprichoso do mercado financeiro. Sua aparição no cenário da moda transformou o setor de produtos de luxo, até então formado por maisons ainda ligadas ao modo tradicional de produção, fruto de herança familiar, aperfeiçoada por gerações, ou da obra original de um criador genial. O objetivo tornou-se a criação de produtos de excelente qualidade, em grande quantidade, acessíveis ao que seria uma classe média alta em escala global, mas suficientemente raros para conservar a aura de exclusividade e o preço elevado. "Os investidores querem rentabilidade alta e durável. E o luxo, com a idéia embutida de perenidade e seu elevado valor de venda, oferece tudo isso", analisa Pascal Morand, economista e diretor do Instituto Francês de Moda. A essa realidade objetiva corresponderam o que Morand chama de "homens com ambição e perfil para colocar a receita em prática”.

Foi sem glamour nem estardalhaço que Bernard Arnault entrou no mundo da moda em 1984, ao comprar uma empresa têxtil em dificuldades. A Christian Dior, em banho-maria desde a morte do costureiro-fundador, em 1957, fazia parte do pacote. Três anos depois, Louis Vuitton e a vinícola Moët-Hennessy decidiram se fundir. Mesmo com participação pequena no novo grupo, Arnault invocou os xamãs da reestruturação financeira e conseguiu o comando. Ao longo dos anos 90, lançou-se numa campanha de aquisição sistemática de empresas de nome já consolidado (e finanças nem tanto), com o objetivo de penetrar em vários setores sem os eventuais custos e riscos de criar uma nova grife. Apenas entre 1999 e 2000, amealhou mais de vinte marcas conhecidas. Agressivo e exigente, casado com uma pianista – ele próprio arrisca umas notas no Steinway –, tornou-se o símbolo global do mercado. "As aquisições constantes permitiram ao LVMH atingir a envergadura de número 1 do luxo. Mas depois de 2000, com o luxo em crise, a estratégia mudou e algumas empresas foram vendidas. O objetivo agora é obter alta rentabilidade explorando ao máximo as marcas mais fortes", analisa a professora Nathalie Chappe, especialista em estratégias econômicas.

A entrada em cena das grandes holdings coincide com a internacionalização do mercado do luxo. "É difícil dizer quem é o ovo e quem é a galinha, mas o fato é que hoje a moda está de tal forma globalizada que só as marcas que têm o apoio financeiro dos grandes grupos sobrevivem em grande escala", explica o consultor de moda Jean-Jacques Picart. Com a internacionalização, os custos de comunicação explodiram e hoje chegam a representar entre 5% e 10% do faturamento. "É uma porcentagem similar à de empresas como a Procter & Gamble, que trabalham com produtos de consumo em massa. As maisons que não têm um apoio financeiro estão desarmadas num cenário assim", compara o economista Pascal Morand. Para controlarem melhor a imagem da marca e a qualidade dos produtos, as grandes grifes reduziram os contratos de licenciamento e centralizaram a fabricação de seus produtos, além de optar cada vez mais pela venda em lojas próprias. A racionalização de custos compensa – mas, até chegar lá, tome injeções de dinheiro. Nesse ramo, todo investimento tem objetivo definido: alimentar incessantemente a imagem glamourosa da marca. É isso que vai fazer com que alguém pague 300 reais numa camiseta que, em tese, pode ser comprada a 30 – ou 3 – em outro lugar. A diversificação de produtos abrigados sob o guarda-chuva da marca-âncora é outro mantra. Centenária no ramo de bolsas, malas e artigos de couro, a Louis Vuitton agora tem também roupas, sapatos, jóias e relógios. Grifes originalmente de roupas hoje obtêm mais da metade do faturamento do ramo de acessórios e de perfumes.

Apesar dos sobressaltos da economia mundial, o império de Arnault sobrevive e se expande. Seu patrimônio pessoal é de 17 bilhões de dólares, a segunda maior fortuna da França. Christian Dior, a grife favorita, explodiu com a chacoalhada que representou, em 1996, a escolha – por Arnault – do inglês John Galliano. Há quinze anos, a Louis Vuitton tem crescimento anual de dois dígitos. Embora algumas marcas como Donna Karan, Fendi e Givenchy continuem deficitárias, Emilio Pucci, a grife italiana ressuscitada por ele, quadruplicou seu tamanho desde que foi adquirida pelo grupo, e Marc Jacobs, o queridinho das americanas modernas, tem tido taxas de crescimento anual de 20%. "Quando começou, Arnault não conhecia nada da moda", conta o consultor Picart, que tem o manda-chuva do LVMH como cliente. "Mesmo hoje nunca está presente no estúdio de criação. Mas ele pode se gabar de ter mudado o sentido da moda. Ele nos ensinou que não se deve pensar em sucesso de uma coleção, e sim no sucesso de uma proposta comercial de longo prazo." Ou seja, introduziu uma premissa básica do mundo dos negócios no universo dos vendedores de sonhos.

Fonte: Veja Especial MODA E ESTILO

Glamour and Philosofy: Norbert Elias

Por Jero Moraes:

O comportamento do consumidor frente ao consumo de prestígio com a finalidade de inserir-se numa classe social é abordado por Norbert Elias no seu estudo sobre a Sociedade de Corte. Segundo este autor, as pessoas pertencentes àquela classe estavam inseridas num sistema de ordens e valores cujas exigências não poderiam fugir sob pena de renunciar ao convívio com seus semelhantes e deixar de pertencer aquele grupo.

Um bom exemplo deste comportamento é a atitude da aristocracia francesa frente às despesas de representação. Naquela sociedade a única maneira de resguardar a posição da família era direcionar exclusivamente o consumo a gastos voltados a manter o prestígio que se tem ou a que se aspira. Eram despesas diretamente ligadas à luta pela conquista de posições e serviam como instrumentos de poder.Elias elabora, dentro do seu estudo, uma relação entre a sociedade de corte e a sociedade industrial evoluída. O autor considera que a pressão social no sentido de se consumir para obter uma posição na sociedade, símbolos do estatuto social da aristocracia francesa, não desapareceu nos dias de hoje. Porém na sociedade atual é possível manter-se num estatuto social elevado sem necessitar, obrigatoriamente, de gastos excessivos com despesas de representação. Por conseqüência, a pressão social que provoca as despesas de prestígio é menor e não possui um caráter inevitável, como na sociedade de corte.

Ao relacionar o fenômeno de consumo de luxo com as idéias de Norbert Elias sobre as despesas de representação percebemos que é muito difícil fugir a necessidade de adaptar as ambições individuais as normas e valores coletivos que estão em vigor. A partir do momento que um grupo social adota uma marca de bolsa, como a Louis Vuitton, se faz necessária a homogeneidade do grupo com a adesão de todos os seus membros àquela marca. É isto que Elias pretende dizer quando afirma: “Nenhum ser humano normalmente constituído aceita a opinião que tem de si próprio e dos valores que preza se não a vê confirmada na forma como é tratado pelos outros”. Ele considera o “social” como “um sistema de ordens e valores” onde as nossas escolhas são determinadas pela nossa esperança que os outros percebam nelas o nosso mérito e prestígio pessoal.

Glamour and Designer - Marc Jacobs (O Homem por trás da Louis Vuitton)

Por Jero Moraes:


Os estilistas hoje têm uma imagem e um nome tão forte quanto à marca que representam. Eles acompanham todo o processo de criação, desde o conceito até o direcionamento da marca no mercado, não se limitam ao vestuário, escrevem seu nome, ou da marca que representam, em moveis, hotéis, carros e etc. São como Tom Ford declarou na Vogue Americana "uma fusão de um artista com um homem de negócios". Um episódio ilustra bem o poder desses homens dentro do mercado que representam, bastou Marc Jacobs declarar que o estilista americano Tom Ford era mais prestigiado pela Gucci do que ele pelos executivos do grupo Louis Vuitton Moët Hennessey, o LVMH, para os acionistas entrarem em pânico. Acendeu-se o sinal amarelo: Marc Jacobs, o designer da Vuitton, estaria descontente? O clima de tensão invadiu o mercado de luxo. Pode parecer exagero, mas Jacobs, um americano de 41 anos, foi crucial para a LV.

No ano de 1997 Jacobs foi convidado pelo francês Bernard Arnault, que havia comprado a companhia LOUIS VUITTON, para renovar a LV e criar sua primeira coleção de roupas. Reconhecido nos Estados Unidos por sua modernidade, ele desembarcou em Paris como um quase desconhecido, mas mostrou a que veio logo na primeira temporada. Transformou as bolsas LV em coqueluche. Disposto a inovar, a célebre combinação do logotipo marrom e amarelo sobre o fundo de couro marrom, dando um ar contemporâneo com símbolos da cultura pop e cores novas, o americano vem convidando artistas para experiências mais ousadas. Em 2001, Stephen Sprouse emplacou as bolsas grafitadas. Depois vieram o trabalho em patchwork da artista inglesa Julie Verhoeven, as cores fluorescentes do diretor teatral Bob Wilson e os mangás do desenhista Takashi Murakami.

Transformou o negócio num ícone da moda, que hoje produz roupas, sapatos, jóias e relógios. Fez o faturamento triplicar. Em 2003, chegou aos US$ 4 bilhões. É, enfim, um mago das tendências e dos lucros. Bernard Arnault, o presidente do grupo LVMH, não hesitou, e renovou o contrato de Jacobs por 10 anos. Os valores do negócio são guardados sob sete chaves.

Fontes: Revista Veja, Blog Erika Palomino e o Blog o Valor das Marcas

Glamour and Logo - Louis Vuitton

Por: Jero Moraes

As grifes nacionais que me perdoem, mas a primeira matéria da coluna "Glamour and Logo" é sobre a Louis Vuitton. A grife francesa de malas e bolsas é o modelo por excelência da internacionalização do mercado de produtos de luxo. Nave-mãe do maior grupo mundial do setor, o LVMH, a Louis Vuitton é também o exemplo mais reluzente do sucesso da concentração de várias grifes sob o mesmo comando financeiro
O Historico: Tudo começou em 1836, quando um garoto francês de 14 anos, chamado Louis Vuitton, filho de marceneiro, deixou seu vilarejo e, sem mala nem dinheiro, percorreu a pé 400 quilômetros até Paris. Trabalhou em estábulos, em cozinhas, e levou um ano para chegar à capital. A revolução industrial estava em seu começo, e o aprendiz de feiticeiro demorou outros dezessete anos até abrir, em 1854, a primeira loja Vuitton, no centro de Paris. Vendia baús, que logo se tornaram reversíveis em guarda-roupa com gavetas e cabides, escritório e cama. Tudo para agradar aos viajantes do século XIX.

O material era sempre o mesmo: madeira, zinco, cobre e lonas impermeáveis. A ferramenta era o apuro artesanal, que conquistou ricos e nobres. Vuitton despertava inveja e inspirava imitadores. Para boicotar as cópias, os baús se tornaram o primeiro produto manufaturado a levar uma assinatura do lado de fora: "marque L.Vuitton". Foi em vão. Surgiu em 1896 um novo desenho: a tela de monograma bege e marrom que atravessou os tempos. Maior sucesso da Louis Vuitton através dos tempos, a bolsa Keepall (figura ao lado), a primeira com tecido impermeável flexível (as LV anteriores eram todas rígidas), foi inventada em 1924. Até hoje é um hit mundial. Hoje, a Louis Vuitton faz parte do maior conglomerado de artigos de luxo do mundo, o Moët Hennessy Louis Vuitton (LVMH). Tem faturamento global de 12 bilhões de dólares e abriga marcas caras como Givenchy, Fendi, Kenzo, Veuve Clicquot, Dom Pérignon e Moët & Chandon.

O Mercado: Louis Vuitton é sinônimo de luxo, um valor que nunca sai de moda. A marca também sabe reinventar o que se oferece ao consumidor, e isso num mercado onde os ciclos de moda são muito mais rápidos que há 150 anos. O mercado do luxo é mais oferta que demanda. Em vez de se adaptar ao gosto do consumidor, a LV forja os desejos de sua clientela criando sua propria demanda. Nem a falsificação (que é muita) abala o império dessas duas famosas letrinhas (LV), as falsificações são um termômetro da popularidade da marca. Como disse o Marcello Bottoli (que comanda a grife) à Revista Veja: "Eu ficarei preocupado no dia em que as cópias não existirem mais. Só uma parte ínfima de nossos clientes adquire uma cópia, porque sabe que a qualidade é muito inferior. Nossa perda financeira não é importante. O problema é de imagem. A gente fica vendo essas sacolas malfeitas com o logo LV." A América Latina tem o maior crescimento na venda da marca nos paises de terceiro mundo. O primeiro país, de longe, é o Brasil. Há outros mercados de potencial importante, como a Ásia, especialmente China e Japão. E outros países onde a resposta é promissora, como a Espanha e os Estados Unidos.

O Glamour: A Louis Vuitton não está interessada em criar para as massas. O luxo é, por definição, um sonho exclusivo para poucos privilegiados. E é uma elite imune à crise (é... essa elite existe) que compra. O Glamour e o Poder existente no logo da marca é tão grande que não se faz, ao contrario de outras marcas de luxo, liquidação nas lojas. Qualquer acessório claramente LV tem uma função de desejo. Na inauguração da sua nova loja em Tóquio, 1500 pessoas fizeram fila, muitas dormiram duas noites do lado de fora, só para garantir estar perto dos produtos, poder tocá-los. Elas querem a marca, bem grande, para mostrar que entraram no clube.

Fontes: Revista Veja e o Blog o Valor das Marcas



Sobre The Glam Club

Tava muito afim de escrever pra um blog (um segmento que vem crescendo muito e um otimo labarotario para ideias novas) e pensei em ajudar a Diandra no Blog Homens Modernos (otimo blog, recomendo) mas achei melhor fazer um. Fiquei pensando no que iria abordar e então percebi que existem varios sites e blogs sobre moda e estilo e pouquíssimos sobre moda e negócios. Foi assim entao que The Glam Club nasceu.