quarta-feira, 30 de abril de 2008

Glamour and Business - A classe C está na moda

C&A chic??

A moda sempre teve os olhos bem abertos e os sensores antenados para a classe A, aquela que todos almejam chegar, mas que pela própria significação, é para poucos abastados. Aliás, não somente a moda, como todas as indústrias de bens e serviços, além do comércio.

Mas um novo fenômeno está desenhando a sociedade neste começo de século 21: a classe C está em evidência em quase todo o planeta, mesmo que como conseqüência de diferentes fatores.

Para começar, é necessário destacar o significado da classe C, que pode ser analisada pelo viés social, pelo viés econômico e até pelo cultural. Classe C é aquela parcela da população que está em posição eqüidistante dos parâmetros máximos e dos parâmetros mínimos (entre a classe A e a classe E), sejam eles relacionados à renda, a status social ou profissional, ou a grau de conhecimento.

Nos países europeus, onde o ambiente de mercado é considerado maduro, ou seja, a vasta maioria da população já adquiriu as condições mais que necessárias para um padrão de vida aceitável, a classe C tem se tornado o foco principal das empresas, por conta da ânsia de seus consumidores em progredir para a classe B.

Na Europa a mobilidade social é pequena, entretanto nos países emergentes, como o Brasil, a evidência da classe C está relacionada com o fenômeno da mobilidade entre classes. As mudanças econômicas vivenciadas nas últimas décadas resultaram em estabilidade e controle inflacionário, trazendo junto uma benéfica conseqüência direta para aqueles que tinham renda mas não tinham acesso a serviços bancários e ao crédito. Foi a classe econômica que mais cresceu nos últimos cinco anos.

A classe C pôde enfim planejar o que e como consumir, sem a angústia de ter que gastar tudo no dia do recebimento sob o risco da inflação corroer tudo. E isso explica a explosão de vendas no varejo, com fila de espera para aquisição de automóveis e da casa própria e as empresas buscando alternativas para solucionar os gargalos de produção. Mas para não fazer a conexão da classe C apenas com o consumo de bens duráveis, vale observar não só a investida de empresas de vestuário antes ditas como "populares" que estão investindo pesadamente em moda e tendências.

Ora, a tendência de moda tem uma tradição de ser gerada pelas classes abastadas, e para elas. À medida que uma moda é difundida, ela naturalmente vai perdendo em importância. Portanto, acompanhar "a crista da onda" é para poucos, que com a ascensão para a classe C, têm se tornado muitos.

Isso explica claramente as recentes investidas das marcas populares como C&A, Riachuelo e Renner no Brasil, com a vinculação de seus produtos cada vez mais às tendências de moda. Considerando as ações da gigante sueca H&M e da britânica Topshop, ambas ainda indisponíveis para o mercado brasileiro, com o lançamento de coleções exclusivas assinadas por grandes estilistas, vê-se como a expansão do mercado pode ser catalisada pela moda.

Os detalhes passam a ser um elemento importante nesse contexto, onde as relações entre produtos de massa e customização se tornam mais ambíguas. Vale lembrar que a aparência física e a imagem pessoal podem ter influência no status social. Ter a informação de moda na "ponta da língua" pode ser considerado um forte indício de sensibilidade e acesso à informação.

Como a classe emergente precisa ser legitimada e ter seu mérito como consumidora reconhecido, até nisso a moda pode dar suporte. Ponto para as duas.

Matéria de Maria Alice Rocha, a primeira a ter Doutorado em Moda no Brasil.

Fonte: Terra Magazine

Glamour and Philosofy: Rafael Ribeiro


O Contato Entre o Emocional e o Desing de Moda

Os produtos de moda, talvez sejam os mais próximos de se obter essa relação com o meu objeto de estudo, o emotional design, por serem desenvolvidos a partir de conceitos e subjetividade em que símbolos são constantemente pesquisados, analisados e tangibilizados por seus criadores.

Observa-se cada vez mais, que a compra não esta ligado ao fator físico do processo e sim ao fator simbólico por ele desempenhado, as passarelas e as lojas estão cada vez mais comercializando conceitos e propostas do que roupas ou acessórios.

Estamos diante de um consumo, muito mais subjetivo e significativo do que um consumo material e sem nenhum significado.

Pesquisas são constantemente desenvolvidas para criar produtos que se assemelhem cada vez mais com o universo dos usuários, produtos que cada vez mais integrem sua forma e seus símbolos com as formas e símbolos adquiridas através de experiências dos usuários. Um repertório de informações adquirido pelos consumidores são identificados no vestuário, criando vínculos emocionais com os mesmos.

A apreciação de um objeto de moda pelo usuário pode ser definido pelas sensação e percepção no nível estético pois características que tomam como base a forma, a cor, a textura entre outros são causadores dos primeiros estímulos, ao depara com uma vitrine o usuário é levado a observar e se sentir atraído pelo mesmo.

O afeto é o primeiro sentimento que impulsionará o usuário a analisar o produto, e a estimulálo a adquirir mais informações , por se tratar de uma ação inconsciente esse estimulo pode ser facilmente levado adiante na tentativa de agradar o usuário e incentivá-lo a adquirir o produto.

O próximo passo fica a cargo da emoção, pois esta, também se encontra assimilada a função simbólica é nesta situação que as informações transmitidas pelo objeto serão assimiladas de forma mais compassada e comedida pelo usuário, o objeto despertará a atenção e fica a cargo do usuário decidir qual será o grau de atração que ele próprio atribuirá ao produto.

Por fim a questão do sentimento que por se tratar de uma relação com vínculos já estabelecidos e certamente profundos, o objeto adquire características e adjetivos de perfeição e os laços afetivos se tornam mais intensos a medida que o usuário utiliza o produto. Um fator muito relevante, para a analise da moda, e saber, qual a relação que esses objetos possuem com o passado histórico do usuário, o universo particular de cada individuo está diretamente ligado à estética e a simbologia apresentada nos traços, cores, formas e signos dos produtos.

OBS: quer ler mais??

terça-feira, 15 de abril de 2008

Glamour and Designer - Equipe Ellus


Uma das características da Ellus é o fértil esquema de criação. São 50 pessoas, entre desenhistas, modelistas e estilistas, abastecendo as lojas semanalmente com novos modelos de roupas.

SOBRE OS ESTILISTAS:


Carla Fincato, 40, é responsável pela criação da linha feminina Limited, da Ellus, junto com Fábio Andreoni. A estilista já foi assistente de Reinaldo Lourenço e de Gloria Coelho, com quem trabalhou durante 15 anos. Durante sete anos, foi coordenadora de estilo da marca Carlota Joakina, de Gloria. Com a marca, fez 3 edições do Phytoervas Fashion, seis da Casa de Criadores, quatro do São Paulo Fashion Week, uma do Fashion Rio e uma do Dragão Fashion, em Fortaleza. Atualmente, trabalha também para a marca feminina Fit e, em parceria com a estilista Gabriela Crema, tem a marca própria "Vou a Pé".

Fábio Andreoni, 29, é responsável, ao lado de Fincato, pela coleção feminina da Ellus. Formado em estilismo pela faculdade Santa Marcelina, já trabalhou como produtor de moda da revista Vogue e supervisor de estilo também da Ellus. O estilista já teve, em parceria com Priscila Darolt, a Redhead Loves P., marca que chegou a desfilar uma coleção na Semana de Moda e duas no Amni Hotspot.

Jeziel Moraes, 41, coordena a área de estilo masculino da Ellus e é responsável pela criação da coleção masculina da marca. Formado em Sociologia, pela Unesp de Araraquara, fez curso de estilismo no Senac, numa época em que não existiam faculdades de moda em São Paulo. Trabalhou em confecção de camisa masculina e teve, durante cinco anos, marca própria que chegou a desfilar no Phytoervas Fashion, em 1996.

Fontes: Revista Veja, site CHIC e site UOL MODA

domingo, 13 de abril de 2008

Glamour and Logo - Ellus

Por: Jero Moraes

A Ellus é conhecida por manter sua identidade desde o início, sendo fiel aos cortes e modelos de jeanswear. Tudo começou em 1972, quando um grupo de hippies cariocas desembarcou de uma perua Kombi na 25 de Março, tradicional rua de comércio popular no centro de São Paulo.Eles garimparam toda a região, voltando para o Rio com o porta-malas abarrotado de peças de roupas, que depois seriam customizadas. As camisetas pintadas e bordadas fizeram grande sucesso, lançando a semente do que viria a ser a Ellus, criada e mantida até hoje por um dos integrantes da trupe, Nelson Alvarenga.

Um dos quesitos importantes na trajetória da Ellus é o marketing. Muitas vezes a grife esteve à frente, lançando catálogos inovadores e apostando em novos rostos na moda brasileira. Contratou Cindy Crawford quando a top atravessava o auge de sua carreira e ainda investiu em ações institucionais, patrocinando algumas edições do concurso de modelos Look of the Year. Nos anos 90, um eficiente trabalho de renovação reforçou a imagem fashion da Ellus, que passou a utilizar estrelas internacionais de caráter alternativo em suas campanhas, direcionadas a um público mais moderno. A marca chamou atenção ao convocar a atriz Milla Jovovich e modelos como Kate Moss e Alek Wek para vestir suas roupas.

Nos anos 2000, criou uma nova assinatura: Ellus jeans deLuxe. Foi a vez de personalidades brasileiras terem seus rostos estampados de maneira inusitada em campanhas com forte apelo comercial. Foi o caso de Xuxa em 2004, Daniella Cicarelli em 2005 e Fernanda Torres na coleção de Verão 2006. É importante citar que ainda em 2002, na corrida para manter-se em pleno vigor, a grife inaugurou um espaço no segundo andar de sua loja matriz, destinado a novíssimos talentos: o Ellus 2nd Floor, com exposição permanente de trabalhos de novos profissionais do segmento de moda - estilistas, fotógrafos e designers. Inicialmente, eram 13 expositores, chegando a 40 e agora a 2nd Floor virou marca com a proposta de fisgar o publico mais jovem. O publico da marca-mãe tem idade média de 30 anos.

O idealizador e atualmente diretor artístico da Ellus, Nelson Alvarenga, fala que o ciclo normal de renovação de uma grife dura entre cinco e 10 anos. "Se não houver reconstrução nesse período, a marca é engolida pelas novas”.

Fontes: Site d Ellus, Revista Veja e Site de Maurício Prates

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Glamour and News - Grife de moda feminina Le Lis Blanc vai abrir capital

Na contramão do mercado, a grife de moda feminina Le Lis Blanc vai mesmo abrir o capital. A oferta está prevista para o fim de abril. A empresa, controlada pela gestora de recursos Artesia (dona da Metalfrio), anuncia hoje o processo de distribuição de ações. Fontes do mercado dizem que a Le Lis Blanc pretende levantar US$ 250 milhões (cerca de R$ 430 milhões) nas ofertas primária e secundária.

Uma parte do dinheiro vai para o bolso dos atuais acionistas. A outra será usada principalmente para financiar o crescimento da rede, seja com abertura e ampliação de lojas próprias ou com aquisição de novas marcas, segundo o prospecto da companhia. Criada nos anos 80 por Traudi Guida e Rahyja Afrange - a primeira ex-balconista e a segunda, ex-sacoleira de saldões - , a Le Lis Blanc tinha até o fim do ano passado 11 lojas próprias e 20 licenciadas. O objetivo da companhia é ter 19 unidades próprias até o fim de 2009.

Boa parte das licenciadas será convertida em próprias, explica o documento de abertura de capital. Com isso, a empresa espera melhorar a eficiência e aumentar as vendas. Hoje, 70% da receita vem das lojas próprias. E um porcentual significativo, de apenas três unidades. A grife também vende suas roupas em 160 multimarcas. A Le Lis Blanc é uma empresa lucrativa e em crescimento. Seu faturamento atingiu R$ 145 milhões no ano passado, 26,5% acima do de 2006. O endividamento da companhia é baixo. Ao contrário de grande parte das marcas de moda, a Le Lis Blanc não ficou associada à figura dos seus estilistas. As fundadoras sempre foram empresárias discretas.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Glamour and News - Alexandre Herchcovitch desfaz negócio com o Grupo I'M

O estilista Alexandre Herchcovitch anunciou nesta quarta-feira (2) seu desligamento do Grupo Identidade Moda (I'M), que havia anunciado a aquisição de suas duas marcas - "Herchcovitch; Alexandre" e "Herchcovitch; Jeans" - porque o trabalho entre ele e o grupo não chegou a "bom termo".

O negócio havia sido anunciado no início de janeiro, juntamente com a compra de outras três marcas pelo I'M: Fause Hauten, Clube Chocolate e Cúmplice. A informação da saída de Herchcovitch - que não invalida os outros negócios - foi confirmada pelo Grupo I'M ao G1.

As duas partes também confirmaram que o fim do negócio acarretará a saída do estilista da direção de criação da Zoomp, marca que havia sido previamente adquirida pelo grupo HLDC, que controla a I'M. Além disso, ele deixará o cargo de curador do I'M.

OBS: Tou preparando mais material sobre esse "divórcio", aguardem.

Fontes: G1 e Revista Exame